auto-retrato {ligia protti}
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Dei pra escrever-te assim, nua, lápis em punho, feito seu pau rijo quando em contato com a minha coxa.
Dei pra escrever-te louca, exalando fogo pela boca, capaz de incendiar a Torre de Babel que sustenta nosso ato.
Dei pra escrever-te assim, desse jeito, boba, sedenta pra gargalhar quando seu íntimo me invade.
Dei pra escrever-te sua, simplesmente porque dei-te e nada mais agora tem volta.