12 de agosto de 2007

auto-retrato {ligia protti}

Dei pra escrever-te assim, nua, lápis em punho, feito seu pau rijo quando em contato com a minha coxa.

Dei pra escrever-te louca, exalando fogo pela boca, capaz de incendiar a Torre de Babel que sustenta nosso ato.

Dei pra escrever-te assim, desse jeito, boba, sedenta pra gargalhar quando seu íntimo me invade.

Dei pra escrever-te sua, simplesmente porque dei-te e nada mais agora tem volta.