{ligiaprotti}
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Primeiro, se mostra no sonho e, depois , ainda não satisfeito, surge nas palavras trocadas, embaralhadas. Ao primeiro sinal pode-se pensar que estou confusa, mas é apenas o vir à tona do que em mim, no mais interno e ofuscado pelas sombras, há. Pensamento negado, aquilo que escondemos atrás das roupas que menos usamos, dentro de gavetas já emperradas.
Escuto-o, reflito, mastigo, falo, grito. Não há porque temê-lo, pois que é lavra, nascente, precisa escoar, afinal, represado, desbaratina. Como se fosse impensado, já que é sempre domado, se faz presente inesperadamente. E, de fato, presente é, se souber identificá-lo.
No lugar do teu nome houve outro
porque fervilhava o episódio pouco antes ocorrido
nada além disso
houve grito
- o compartilhar alivia-
era preciso que soubesse
eu apenas, ainda, não sabia
agora sim, dialogo
com ele, com tú
em mim
conosco
ouço-me e sou ouvida.