11 de janeiro de 2007

DESMUNDA

{ligiaprotti}

Disseram-me
(alguém que não me conhece, tampouco eu)
que Balzac tinha os mesmo desvaneios

Julieta desse modo que escrevo
permaneço vendo sempre o que menos se vê
melancolia que me consome
sentindo a vida desgarrada
desse universo interno
perceptível agora

Desgarrada do todo que me assombra durante o caminhar
quando não devo e não temo,
mas carrego estes olhos cegos
que de real nada enxergam

Nada

(pois tudo é essa vida mundana
cada vez mais distante)

Julieta desse modo que sou
de certo não nasci pra viver
[se o travar das amídalas for vida]
vida essa que por mais que se valha de caminhar sozinha
fica sempre melhor chapada de alegria compartilhada.



09/06/05

Um comentário:

Rodrigo disse...

Razão e sensibilidade...ter as amígdalas travadas faz parte de uma experiência mais profunda do que a maioria das pessoas gostam de admitir. Quem é você?