29 de janeiro de 2007

INDEFINIDO

Vasto corpo de carne trêmula
meu perder-se acompanha o vai-e-vem da onda na areia
de início, erguida, ficando esguio o ventre,
arrebato-lhe o quadril contra o corpo,
sucinta explosão que me causa

Em movimento contínuo
jorram sumos de flores
licores
orvalhos da madrugada
mel de abelhas selvagens
fazendo brotar arrepios
do ventre à raiz dos cabelos

Vasto corpo de carne trêmula
território de dedilhar livre
em noites de lua crescente
corpo compositor de melodias incertas
ruidos sonoros, gemidos

É tua a minha mão na boca pensando em ti.

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