{ligiaprotti}
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Primeiro, se mostra no sonho e, depois , ainda não satisfeito, surge nas palavras trocadas, embaralhadas. Ao primeiro sinal pode-se pensar que estou confusa, mas é apenas o vir à tona do que em mim, no mais interno e ofuscado pelas sombras, há. Pensamento negado, aquilo que escondemos atrás das roupas que menos usamos, dentro de gavetas já emperradas.
Escuto-o, reflito, mastigo, falo, grito. Não há porque temê-lo, pois que é lavra, nascente, precisa escoar, afinal, represado, desbaratina. Como se fosse impensado, já que é sempre domado, se faz presente inesperadamente. E, de fato, presente é, se souber identificá-lo.
No lugar do teu nome houve outro
porque fervilhava o episódio pouco antes ocorrido
nada além disso
houve grito
- o compartilhar alivia-
era preciso que soubesse
eu apenas, ainda, não sabia
agora sim, dialogo
com ele, com tú
em mim
conosco
ouço-me e sou ouvida.
2 comentários:
Adorei a rima da sua boca e as mensagens coronárias. Está, realmente, cada dia mais Vênus. Encantadora.
Manchas de batom rendem livros.
Beijos!!
Atos falhos me fazem sentir um tanto traído. Odeio deixar escapar desapercebidamente algum detalhe ou nuance porque detesto admitir que estes me eram desconhecidos.
O inconsciente é uma força atroz e amoral que de fato me assusta, mas mostra que o ser humano pode ser uma vastidão que abarca profundas contradições.
Para mim conflito é um tema constante. Vou sempre ver o pomo dourado com a palavra Kallisti inscrita. Esse escoar das águas torrenciais do id contras os paredões do super-ego não é algo que consigo ver com a mesma tranquilidade que você.
p.s.: Já chamei pelo nome de outras em momento inoportunos ... só que propositalmente. :P
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